quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
parente(si)s
Chamavam-lhe puta e diziam que ele era demasiado tímido - para ela. o mal deles foi apaixonarem-se, já dizia a outra. Ninguém acredita no amor de uma puta - excepto ele. Ensaiaram tragédias em torno deles, fizeram-se apostas e planos de separação (falhados). se ele é tímido nunca saberás os segredos que ele guarda, diziam as putas amigas dela. ele não tem segredos, respondia ela. Disseram que ele estava perdido mas quem se perdeu foi ela - de amores. Numa tarde ele viu-a no parque com um homem que a abraça e lhe dá a mão. ninguém acredita no amor de uma puta, pensou ele. Tirou a arma que trazia sempre pendurada à cintura e aproximou-se deles. Matou o homem e disparou contra ela. ninguém acredita no amor de uma puta, disse-lhe. Aquele que estava comigo era tio do filho que acabaste de matar, respondeu ela. Ela morreu e ele apodreceu na prisão. o mal deles foi apaixonarem-se.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Adoro :)
ResponderEliminarmuito, muito bom..
Bisou!
Algumas pessoas não nascem para ficar juntas!
ResponderEliminaradoro *
ResponderEliminarMas e um bocado triste :$
Que dramático para um início de ano oh june. Mas muito real, infelizmente. Andaste desaparecida! beijinho
ResponderEliminarO mal de toda a gente é apaixonar-se.
ResponderEliminarSigo.
Que forte... Mas excelente!
ResponderEliminarLindo o texto :)
ResponderEliminarProfundo... E a tua escrita deixa saudades ;)
ResponderEliminar