domingo, 26 de setembro de 2010

Já não quero nada disto, disso, de ti.

A nossa telepatia desapareceu, dizes-me tu. Desapareceu ou nunca houve?, penso eu. Nós não tínhamos telepatia coisa nenhuma. Tínhamos desejo, vontade carnal de nos atirar um ao outro contra uma parede como se não houvesse amanhã. O que aconteceu foi que eu me cansei. Dos jogos, das conversas, das provocações, das propostas, dos olhares, apesar de esses ainda não terem desaparecido. Pergunto-me pela tua namorada. Continuo a passar por ti altiva, queixo espetado e nariz empinado, toda base e perfume, toda olhos pintados e cabelo esvoaçante (é, sou eu que faço por isso). A nossa telepatia desapareceu ou nunca houve? Apareceu (me) outra pessoa. Apareceu (me) uma nova mentalidade, uma nova maneira de ver as coisas. Apareceu (me) juízo. E eu não troco nada disto por uns momentos contigo contra uma parede ou o que quer que seja. Quanto à nossa telepatia não sei e sinceramente não me interessa muito, mas e o teu bom senso? Desapareceu ou nunca houve?

sábado, 25 de setembro de 2010

Dou por mim a sorrir mil e quinhentas vezes para o vazio. Confirma-se, pareço uma atrasada mental. And it feels so good.

(e para quem já está farto que eu agora só fale disto olhe, azar, deixai-me estar até me fartar. Vá, é o último post destes, a sério.)

domingo, 19 de setembro de 2010

Estou naquela fase em que até as dores de barriga se tornam belas

Ainda há pessoas como deve ser. Ainda há quem queira ver os outros felizes e faça por isso. Ainda há pessoas bonitas, excelentes e solteiras (vá-se lá saber como). Ainda sou capaz de sentir borboletas na barriga. Ainda sei o que é gostar de alguém. E ainda gosto disso.

sábado, 18 de setembro de 2010

Não sei como é que hei-de dizer estas coisas


Estou mesmo bem, devido a alguém. Portanto deduzam o que quiseram daqui. Eu depois explico. (e a música é tão bonita). E o tempo, que já está a mudar? Ahhh...

domingo, 12 de setembro de 2010

Vou lá fora só fumar um cigarro

Gosto de fumar um cigarro quando me apetece. Não sou fumadora assídua, nem posso ser chamada de fumadora porque não o sou. No entanto gosto de poder sair de algum sítio para isso mesmo: fumar um cigarro. É uma desculpa para me isolar, apesar de não conseguir explicar isso como deve ser para que alguém o perceba. Gosto de sair de um jantar, de um restaurante, de uma festa, de um bar, de um grupo de pessoas e de ver outras coisas. Gosto de me sentar no chão, acender um cigarro e observar o mundo. Ver as gotas da chuva caírem no chão, o cigarro a arder, as formigas seguirem o seu caminho no carreiro que lhes é familiar ou observar as pessoas que passam nos seus carros e imaginar em que irão elas a pensar: no que irão fazer para o jantar, como vão pagar a prestação da casa este mês ou no filho da puta do patrão que os obrigou a ficar até tão tarde no trabalho que tanto detestam. Gosto de sair do meio de música, barulho, vozes e gargalhadas para ouvir o mundo seguir o seu ritmo natural, voltando depois para o ambiente onde me encontrava. E, se eu me levantasse de uma mesa argumentando 'vou só lá fora ver as formigas e os carros a passar', era certo e sabido que iria ver todos os ocupantes olhar para mim com cara de quem não percebeu se eu estava a gozar ou se batia mesmo mal da cabeça. É estúpido que a sociedade aceite mais naturalmente alguém que se ausenta para ir fumar do que alguém que sai para ir ver o mundo. Mas é assim. Portanto saio, sento-me onde der e observo o que puder. E quando dou conta já ouvi e vi mais do que fumei. E o cigarro já acabou. E eu tenho de voltar para o outro mundo onde toda a gente faz barulho mas não vê nem ouve o que interessa.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Ando obcecada com isto porque sei que é verdade

Há uns três dias, numa conversa telefónica, disseram-me que eu afastava as pessoas*. A conversa continuou mas eu não ouvi mais nada, estanquei naquilo. No fim da conversa, a única coisa que consegui dizer foi 'é verdade. Eu afasto as pessoas'. Afasto as pessoas quando sei que elas já me conhecem minimamente para poderem adivinhar que vou adorar aquela música que acabaram de encontrar ou o que é que vou responder àquela pergunta. Afasto as pessoas porque ainda não estou preparada para as manter comigo muito tempo, porque não consigo suportar que simplesmente tentem tomar conta de mim ou certificar-se da minha felicidade. E foi preciso dizerem-me para o perceber e pensar nos casos antigos para concluir que isto 'é verdade. Eu afasto as pessoas'.

*pessoas: homens.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O antes e o depois


































Gosto muito. A época da loira acabou e já posso vestir-me de cor de rosa sem me sentir uma barbie andante. As caras é que estão trocadas, porque eu estou muito mais sexy bitch agora. Cuidado.

domingo, 5 de setembro de 2010

Agora toda a gente fala da Maria. E do gato

Anda aí um reboliço geral para ajudar a rapariga a ir para Bruges. Com o gato. Incluindo no facebook em que temos de carregar no botão que diz 'like'. Mas ainda não percebi muito bem esta última. Se a moça está a leiloar a tralha da casa a fim de ganhar dinheiro e ir para lá com o gato, em que parte é que isto do 'like' entra? Quando aquilo tiver um certo número de pessoas que gostam, as companhias aéreas prontificam-se a ofertar-lhes as passagens? É que se for assim eu também tenho uma listinha de sítios que gostava muito de visitar e sonhos para cumprir e essas cenas giras. E, como não tenho gatos, já que não gosto muito deles, quem quiser pode fazer de gato e ir comigo, não seja por aí. De certeza que a rapariga gostava muito mais que lhe comprassem a tralha do que andassem aí a dizer que gostam só porque é giro ou porque a vizinha da frente também disse que gostava.

Agora nós Maria e gato da Maria: muito boa sorte em Bruges e no resto. Que vendas a tralha toda depressa a fim de ir para lá rapidinho e concretizes esse sonho. Fico contente quando vejo que ainda há pessoas que perseguem o que querem. Felicidades.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Não caibo em mim de contente

E o mês de Agosto que já acabou? Oh alegria. Agora é pintura de cabelos, arrumação de armários, lamber as montras de outono-inverno e papar os catálogos do mesmo, acabar de vez com as séries e filmes que ainda por aqui param, queimar os últimos cartuchos do verão com as últimas festas populares e últimas idas à praia e esperar que chova, que faça vento e que a temperatura baixe aí uns consideráveis 10, 15 graus.