domingo, 23 de maio de 2010

Conclusão do dia #3

Deitadas nas espreguiçadeiras ao pé da piscina, a secar ao sol.

J.: É nestas alturas que vejo que tenho tudo para ser feliz. Estou na piscina com a praia ali à frente, a apanhar sol, com os meus amigos, tenho uns pais que se preocupam e que me adoram, não me falta dinheiro nem saúde...
M.: É verdade. Só faltava estarmos com as pessoas de quem gostamos mesmo.
J.: Eu acho que chega a um ponto em que nos habituamos a isso, e habituamo-nos a ser felizes assim.
M.: Será?

Chega a um ponto em que nos habituamos a viver assim. Aprendemos a ser felizes sem ele(s), sem as coisas que foram, outrora, a razão da nossa felicidade. Aprendemos que nem tudo é eterno e que, ao contrário do que pensávamos, conseguimos superar e voltar a sorrir verdadeiramente, sozinhos. Aprendemos que nem todos os tropeções são quedas e que o vazio que nos tomou o peito talvez fosse apenas uma porta mal fechada e ganhamos finalmente força para a fechar. De vez. Habituamo-nos a viver sem a presença que nos preenchia os dias e descobrimos novas ocupações que nos distraiam a mente, tornando-se mais tarde o que chamamos de "hobbies" , de tão habituados que estamos. Aprendemos a gostar de outras coisas e de outras pessoas. Chega a um ponto em que nos habituamos a ser felizes assim. Ou aprendemos a pensar que somos felizes assim. Será?

7 comentários:

  1. Penso que somos felizes quando entendemos que o somos realmente. Agora pode parecer que faz falta... Mas um dia chegará alguém melhor. E ele vai deixar de fazer falta.
    Até lá, tentamos ser felizes com aquilo que temos.


    Porque raio apenas uma pessoa nos deixa neste estado? temos tantas coisas boas para compensar... (mas parece que não compensa)

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  2. adorei o post e tambem gostava de ter uma resposta a essa pergunta mas nao tenho, eu pelo menos, ha dias que vou fingindo que sou feliz e acredito que ha dias em que sou mesmo feliz e que nao me lembro dele

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  3. Obrigada por teres comentado. Ainda bem que gostaste :)

    Sinceramente, eu acho que inicialmente aprendemos a pensar que somos felizes, mas depois acho que chega a um ponto que nos habituamos a ser felizes assim. É assim que eu penso (:

    Adorei este post :) Dá mesmo para pensar.

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  4. Se eu te disser que ia escrever hoje uma coisa semelhante, irias acreditar?!

    =)

    Acima de tudo acho que chega a um ponto em que percebemos que nos bastamos para sermos felizes! Acho que ainda não cheguei lá, mas estou a caminhar!!

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  5. Sinceramente, eu teimo em pensar que são só devaneios da mente aqueles que nos fazem pensar que somos felizes assim, porque de um momento para o outro, quando menos esperamos, aquelas saudadinhas e aquelas lembranças invadem-nos de novo o pensamento; a não ser é claro, que alguém, um novo alguém, as esconda bem lá num cantinho.
    Mas... será mesmo assim?

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  6. Tenho de concordar com a Charlotte. Também muitas vezes penso para comigo "tenho tudo para ser feliz", e assim o é, é verdade, mas o problema é que um dia tivemos qualquer a mais ainda, e agora sentimos a falta. Não estou a dizer que não podemos ser felizes assim, é claro que sim, até porque na maioria das vezes me sinto feliz. Mas não é sempre, não é uma felicidade completa, porque ainda existem momentos em que ela se ausenta. É uma coisa complicada esta, mas de qualquer das formas, a única maneira de o ultrapassarmos é mesmo dizermos para nós próprios que podemos realmente ser felizes assim. Com o passar do tempo vamos acreditando e fica tudo mais fácil.

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