segunda-feira, 22 de março de 2010

Estava escuro e dirigia-me para tua casa. Como nunca tinha lá ido, liguei-te a perguntar o caminho. Depois de me explicares meia dúzia de vezes e apesar de eu continuar sem perceber, desliguei e continuei a andar, na esperança de encontrar as referências que me tinhas dado nas direcções. Obviamente, isso não aconteceu. Nunca acontece. Perdi-me. Liguei-te novamente com a mesma dúvida, à qual tu começaste a gritar, dizendo que eu não percebia nada e que sendo assim já não valia a pena lá ir ter e que o melhor era voltar para a minha casa. Comecei a chorar e desliguei. Tu sabes que odeio que gritem comigo, o que me faz pensar que talvez já o faças por isso mesmo, por me afectar tanto. Entretanto aparecem uns amigos teus, que me vêm perdida e a chorar e me pedem que lhes explique a situação, coisa que eu, a custo, faço. Dizem que me levam a tua casa e para eu não ficar assim. Começo a gritar que não, que já não quero, que és um estúpido e que gritaste comigo estando eu perdida. Começo a correr, fujo, deles, de ti e, principalmente, de nós.

Foi um sonho, mas poderia ter sido real. Até quando?

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